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Hawker Siddeley HS 748 / Avro 748
O projeto do 748 começou em 1958, quando a
fabricante Avro decidiu entrar no mercado de aviação civil. O avião foi
projetado para substituir o famoso
F27, estavam tentando reproduzir
o sucesso do
. A Avro se
concentrou em criar um avião com melhor desempenho em rotas curtas,
sendo assim capaz de operar em pequenos aeroportos. Apesar de ter sido
adquirida pela Hawker Siddeley em 1935, a Avro continuou lançando
projetos com o seu nome. No entanto, em 1959, a Hawker Siddeley decidiu
eliminar o nome Avro em favor de uma marca unificada, levando à
renomeação do Avro 748 para HS 748.
Apesar da mudança de nome, muitas companhias aéreas continuaram se
referindo à aeronave como Avro 748. A primeira versão,
conhecida como HS748 Series 1, vendeu apenas 18 unidades.
Em 1960 chegou no mercado a Series 2, com maior peso de decolagem e novos
motores mais potentes. A Series 2 finalmente conseguiu alavancar as
vendas, fazendo do HS-748 o maior sucesso de vendas Britânico depois da
Segunda Guerra Mundial.
Em 1967 foi introduzido o Series 2A, com peso de decolagem ainda maior e
motores mais modernos.
Em 1979 o HS748 Series 2B foi introduzido, também conhecido como "Super
748", essa versão tinha novos motores, asas maiores, cabine de
passageiros modernizada e melhorias nos sistemas.
Na década de 80 começou a ficar cada vez mais necessário uma atualização
para manter o HS748 competitivo no mercado. A fabricante inicialmente
pensou em uma versão com motores turbofans, mas decidiu partir para uma
versão melhorada e maior. O novo projeto foi batizado de British
Aerospace ATP (Advanced Turbo-Prop). A fuselagem do HS 748 foi
redesenhada e alongada. A aeronave também ganhou asas maiores,
modificações nas formas do nariz e cauda, e novos motores mais
eficientes. O primeiro voo foi em agosto de 1986 e a entrada em
serviço em 1998 pela British Midland. Porém as
vendas foram poucas, o ATP não conseguiu competir com projetos mais
recentes feitos "a partir do zero" como o ATR.
No Brasil o HS748 foi escolhido pela
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Origem: Inglaterra
Produção: 1961-1988
Comprimento: 20,42 m
Envergadura: 31,23 m
Altura: 7,57 m
Peso: 12,3 toneladas
Peso máximo de decolagem: 21 toneladas
Capacidade de combustível: 7,2 mil litros
Motores: 2x RR Dart 7 Mk 536-2 452 km/h
Passageiros: 40 a 58
Altitude de cruzeiro: 7,6 km
Primeiro voo: 24 de junho de 1960
Pista mínima para decolagem: 0,8 km
Entregues: 382Dart
Herald,
Martin 4-0-4 km
Companhia Lançadora: Skyways
De Havilland DH 121 / Hawker Siddeley HS 121 "Trident"
Em julho de 1956 a BEA (British European
Airways) pediu um novo avião para substituir o
Viscount. A De Havilland então adaptou o projeto do DH119 para as
exigências da BEA e o projeto virou DH120 e depois DH121. O DH-121 era
um tri jato (três motores) com um layout semelhante ao
Caravelle.
Apelidado de "Trident", o DH-121 era um dos aviões comerciais mais
rápidos do mundo, com uma velocidade de cruzeiro perto de mil
quilômetros por hora. O Trident também possuía aviônicos complexos e
sofisticados para a época, sendo a primeira aeronave comercial capaz de
realizar um "pouso cego" totalmente automático. Porém o grande problema do Trident era que ele
atendia exclusivamente as necessidades da BEA e não atraiu outros
compradores.
Durante o desenvolvimento da aeronave a De Havilland foi
adquirida pela Hawker Siddeley, que passou a denominar o DH-121 como
HS-121. O próximo passo então era encontrar novos compradores. A
fabricante ofereceu uma versão modificada para a
American Airlines, denominada Trident
1A, mas esta preferiu
comprar o Boeing 727. Mesmo assim a Hawker Siddeley
incorporou essas modificações no modelo base da aeronave. Sendo assim a
versão inicial ficou conhecida como Trident 1C, e entrou em operação
pela BEA em abril de 1964.
Para atrair mais compradores, a Hawker Siddeley propôs uma versão melhorada do Trident 1C, que ficou
conhecida como Trident 1E. O 1E tinha algumas melhorias como uma maior aérea nas
asas e levava um pouco mais de passageiros, graças a mudanças no
interior do avião. Mas apenas dez unidades foram vendidas.
Quando a BEA começou a achar o Trident pequeno demais para as suas
rotas, a Hawker Siddeley lançou o Trident 1F com maior capacidade de
passageiros. Durante o desenvolvimento, o 1F incorporou outras melhorias e foi rebatizado
de Trident 2E (Extended Range).
Em 1965 a BEA queria um aeronave ainda maior. A Hawker Siddeley ofereceu
então duas versões de maior capacidade, conhecidas como HS-132 e HS-134.
Mas a BEA acabou escolhendo o Boeing 727.
Mais tarde a BEA voltou a negociar com a Hawker Siddeley e um novo
Trident foi lançado. O Trident 3B tinha maior capacidade de passageiros,
alterações nas asas e 5 metros a mais de fuselagem. Ao invés de colocar
novos motores, a Hawker Siddeley optou por colocar os mesmo motores de
antes, mas com um novo motor na cauda. O quarto motor deu 15% a mais de
impulso e apenas 5% a mais no peso do avião. A versão 3B entrou em
serviço em abril de 1971. A Hawker Siddeley também ofereceu uma versão
com capacidade extra de combustível, denominada Super Trident 3B.
Apesar dos esforços da Hawker Siddeley, o Trident encontrou poucos
compradores, perdendo "de lavada" para o concorrente americano
Boeing 727, que vendeu 10 vezes mais
unidades.
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Origem: Inglaterra
Produção: 1962-1978
Comprimento: 34,98 m / 39,98 m (3)
Envergadura: 27,38 m (1C) / 29,87 m (1E) / 30 m (2 e
3)
Altura: 8,23 m
Peso: 33,4 toneladas
Peso máximo de decolagem: 52-58 (1) / 64 (2) / 68 (3) toneladas
Capacidade de combustível: 22-24 (1) / 24-26 (2 e 3) mil
litros
Motores: 3x Rolls-Royce Spey 505 ou 511 (1) / 512 (2
e 3) 936 km/h
Velocidade máxima:
km/h
Passageiros: 110 a 160
Trident 1: 101 a 149
Trident 2: 115 a 155
Trident 3: 180
Primeiro voo: 9 de janeiro de 1962
Altitude de cruzeiro: 11 km
Entregues: 117 km (2) / 3600
(3)
Companhia Lançadora: BEA
A General Aircraft Limited (GAL) foi fundada em 1931. O objetivo da
fabricante era produzir aeronaves usando as asas da empresa do mesmo
grupo Monospar Wing Company Ltd. Em janeiro de 1949 a empresa se fundiu
com a Blackburn Aircraft Ltd, formando a Blackburn and General Aircraft
Ltd. Em 1960 a empresa foi absorvida pela Hawker Siddeley.
Helmuth J. Stieger, que chefiava a GAL, desenvolveu um método aprimorado
na construção de asas. Com base nesse método, a GAL iniciou um projeto
para aplica-lo em uma aeronave. O primeiro projeto foi para um bimotor
de asa baixa designado Monospar ST-3. A primeira unidade foi construída
em 1931 e os testes foram bem-sucedidos. Porém apenas uma unidade foi
produzida, pois a empresa conseguiu novas patentes de asas Monospar e
iniciou um novo projeto. Nascia ai o Monospar ST-4, uma aeronave
semelhante ao ST-3. As suas asas eram dobráveis para facilitar o
armazenamento no solo. Apenas 5 unidades de produção foram construídos,
pois uma versão melhorada logo entrou em produção, denominada Monospar
ST-4 Mk.II.
Em 1933 foi lançado o Monospar ST-6, semelhante ao ST-4, mas com trem de
pouso retrátil manualmente e espaço para um passageiro extra. Mais tarde
foi desenvolvido o Monospar ST-10, com sistema de combustível
aprimorado, refinamentos aerodinâmicos e motores Pobjoy Niagara. O
Monospar ST-11 tinha trem de pouso retrátil automatizado. Já o Monospar
ST-12 era equipado com motores de Havilland Gipsy Major e tinha trem de
pouso fixo.
No Brasil o Monospar ST-4 foi a primeira aeronave operada pela
Vasp. Com eles a companhia
realizou os seus dois primeiros voos, do aeroporto Campo de Marte (em
São Paulo) para Ribeirão Preto e Uberaba e de Campo de Marte para São
Carlos e Rio Preto.
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Origem: Inglaterra
Produção: 1932-1935
Comprimento: 8,03 m
Envergadura: 12,24 m
Altura: 2,30 m
Peso: 0,8 tonelada
Peso máximo de decolagem: 1 tonelada
Motores: 2x de Havilland Gipsy Major 150 km/h
Velocidade máxima: 254 km/h
Passageiros: 4
Primeiro voo: Maio de 1932
Altitude de cruzeiro: 6,4 km
Entregues: 45